A angústia é o grito silencioso da alma. É aquele momento em que tudo parece se desmanchar e o chão foge dos pés. Quem nunca sentiu a dor de uma noite longa, onde o travesseiro se torna cúmplice das lágrimas? É na angústia que somos confrontados com as nossas maiores fraquezas, mas também é nesse lugar de dor que Deus realiza suas maiores obras.
Jesus, no Getsêmani, foi tomado pela angústia ao ponto de suar gotas de sangue (Lucas 22:44). Ele, o Filho de Deus, que conhecia o fim da história, ainda assim, sentiu o peso do cálice. Por quê? Porque a angústia não é sinal de fracasso, mas de humanidade. E é nesse lugar que Deus se revela como o Emanuel, o Deus conosco, que não nos abandona.
A angústia nos tira as máscaras, nos esvazia do orgulho e nos coloca de joelhos. É ali que descobrimos que a força que tanto confiávamos não é suficiente, mas a graça dEle é. Como Paulo escreveu: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12:10).
Deus usa a angústia para moldar o nosso caráter. É no fogo do sofrimento que o ouro da fé é purificado. A angústia nos ensina a confiar, a depender e a esperar. Ela nos aproxima dEle, porque nos faz lembrar que sem Ele nada podemos fazer (João 15:5).
Então, se você está passando por um tempo de angústia, não fuja. Não tente anestesiar sua dor com distrações que só a aprofundam. Permita que Deus trabalhe no seu coração. A angústia pode ser o prelúdio de um novo tempo, porque “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).
Lembre-se: Deus não desperdiça dor. Ele transforma lágrimas em testemunhos e sofrimento em superação. Confie, persevere e descanse. O Deus que começou a boa obra em você é fiel para completá-la (Filipenses 1:6).
Fique firme, porque o melhor ainda está por vir.
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