A Origem evangélica do Dia das Mães e seu Desenvolvimento Comercial

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O Dia das Mães, uma data tão querida em muitas culturas ao redor do mundo, tem uma história fascinante que remonta ao ativismo religioso do século XIX nos Estados Unidos. Embora hoje seja amplamente comercializado, o feriado começou como um movimento pacifista e evangélico, com raízes profundas na comunidade religiosa. Vamos explorar como essa celebração evoluiu ao longo do tempo, desde suas origens modestas até se tornar um evento comercial de grande escala.

O Dia das Mães, inicialmente lançado por ativistas contra a guerra em 1872, tem raízes profundas no ativismo pelos direitos humanos. Julia Ward Howe, conhecida por seu poderoso hino “The Battle Hymn of the Republic”, foi uma das pioneiras desse movimento. Além de sua contribuição para a música, Howe foi uma destacada defensora da paz e dos direitos das mulheres.

Em sua busca por um mundo mais pacífico, Howe propôs a ideia de um Dia das Mães pela Paz, onde mulheres pacifistas se reuniam em roupas, salões sociais e lares para ouvir sermões, ensaios e cantos, e para orar pela paz, dentro e fora das igrejas americanas. Ela viu nas mães uma força poderosa para promover a não violência e a solidariedade entre as nações.

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Além de Howe, outras heroínas se esforçaram para a implementação Dia das Mães. Mary Towles Sasseen, professora e diretora de escola em Kentucky, foi uma dessas figuras. Ela propôs a realização de recepções escolares no Dia das Mães

Outro esforço inicial foi liderado por Mary Towles Sasseen, professora e diretora de escola em Kentucky. Sua ideia, lançada em 1887, visava fortalecer os laços familiares através de recepções escolares no Dia das Mães. Embora tenha tido impacto limitado fora de Kentucky, demonstra a diversidade de iniciativas que desenvolvem para a concepção do feriado.

A figura mais conhecida associada ao Dia das Mães é Anna Jarvis, uma fervorosa evangélica que dedicou sua vida à promoção do feriado. Jarvis especifica as primeiras celebrações oficiais em 1908, escolhendo o segundo domingo de maio em homenagem ao aniversário de sua mãe. Seu trabalho incansável foi elaborado na adoção do Dia das Mães como feriado nacional nos Estados Unidos em 1914, sob a presidência de Woodrow Wilson.

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Apesar das origens religiosas e pacifistas do Dia das Mães, o feriado rapidamente se tornou alvo do comércio. Jarvis, que abominava a exploração comercial do feriado, se levantou ferozmente contra isso, mas sem sucesso. O Dia das Mães tornou-se uma máquina de fazer dinheiro, com empresas lucrando bilhões em vendas de cartões, flores, presentes e refeições especiais.

A Hallmark, empresa americana, por exemplo, se destaca como uma das maiores beneficiárias do Dia das Mães, com o feriado sendo o terceiro maior dia do ano para dar cartões. Além disso, os restaurantes registam a sua maior entrega do ano no Dia das Mães, com muitas famílias optando por refeições especiais fora de casa.

Apesar da transformação comercial, o Dia das Mães continua sendo uma oportunidade para os filhos homenagearem suas mães de maneira pessoal e significativa. Reunir-se em torno da mesa, compartilhar momentos especiais e expressar gratidão são tradições que resistem ao tempo, mesmo que o feriado tenha se afastado de suas raízes religiosas e pacifistas.

Portanto, ao refletirmos sobre a história e o significado do Dia das Mães, é importante considerar suas origens evangélicas e a dedicação de pessoas como Anna Jarvis, que lutaram para honrar as mães de uma forma autêntica e genuína.

Se o feriado se transformou em uma oportunidade comercial que Jarvis certamente teria lamentado, pelo menos, o ato de se reunir em torno de uma mesa para compartilhar as refeições do Dia das Mães oferece aos filhos a oportunidade única de expressar publicamente seu amor e gratidão às suas mães, algo que ela sempre valorizou profundamente.